2 de dez. de 2020

Alma Artificial chegou!

 







Meu pequeno conto de ficção científica 
muito bem acompanhado na 
antologia Alma Artificial com contos incríveis!

Pela Cartola Editora e uma organização de Alec Silva

Encontre em eBook e livro físico:

na Amazon

na Livraria da Cartola:


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O futuro chegou. Nele, homens e mulheres usufruem de uma grande quantidade de máquinas a seu serviço. Não há região no oceano que não tenha sido explorada, não há mais mistérios na Lua ou em Marte, onde, aliás, uma bela colônia está sendo aos poucos construída.

No futuro, também, o trabalho pesado passou a ser das máquinas: androides e robôs imensos ajudam a construir ferrovias, estradas e prédios, cavar túneis e transportar grandes cargas. Se por um lado, evitou trágicos acidentes, por outro, resultou em demissões em massa e uma série de protestos.

O futuro onde as máquinas servem aos homens se reflete não apenas nas tarefas braçais e nos desafios da exploração. Muita coisa mudou nas relações humanas, seja afetivas, sociais ou sexuais. A indústria do sexo viu nos androides e ginoides que simulam tão bem a aparência humana um filão para vender filmes e programas, afinal máquinas não possuem direitos, não são seres humanos. Estão ali para servir. Em todos os sentidos.

Um dia, porém, alguém notou algo nas máquinas. Não uma sequência de códigos e programação desenvolvida em laboratório. Outra pessoa supôs que fosse uma alma, algo que até então ninguém achou possível habitar um ser inorgânico.

As máquinas, aos poucos, foram ganhando simpatizantes e levantando calorosos debates. O mundo já não via apenas trabalhadores e desempregados lutando por seus direitos. As mulheres já não reclamavam somente do sexismo e do machismo, do modo que as ginoides estavam tomando seus lugares como esposas.

Agora, a pauta era até que ponto uma máquina era tão diferente do ser humano. E até que ponto era igual? Quais direitos teriam? E deveres? Deveriam ser respeitadas todas as formas de ser de uma inteligência artificial? Um aparelho celular teria os mesmos direitos e deveres de um androide que tentaria ser contratado por uma agência de publicidade?

Alma artificial: histórias de máquinas e homens traz contos que mostram o futuro onde o homem se vê primeiro sendo ultrapassado pela máquina em habilidades e depois igualado a ela em direitos.
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Ancoradouro - em andamento

 


Marco Zero
(foto: Prefeitura do Recife)


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7 de out. de 2020

Lascívia chegou!






 

Minha Antologia Lascívia chegou com

cheirinho de livro novo no ar.

Meus dois contos "Impropriedades" e "Oferenda" estão nessa antologia linda!


Lascívia é uma antologia da Cartola Editora 

organizada por Janaina Storfe 

e com vários novos autores nacionais. 


Está disponível em eBook e em livro físico:



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A palavra erotismo vem do francês “érotisme”, que significa “desejo amoroso”. O erotismo é o estímulo sexual sem apresentar o sexo de forma explícita, que é o que o diferencia da pornografia. O termo não representa apenas um estado de excitação sexual, mas também a exaltação do sexo no âmbito das artes, como na literatura e na pintura. E é justamente através desse apelo artístico que o conteúdo erótico se distingue da pornografia, na qual tende a haver uma maior preocupação sexual do que estética.


As primeiras representações artísticas de clara intenção erótica foram realizadas pelos Gregos e Romanos. Estas se encontram nas ornamentações de vasos de cerâmica, em pinturas murais, como nos frescos da Villa dos Mistérios em Pompeia (Museu Secreto de Nápoles) e nas esculturas inspiradas em cenas mitológicas de jogo amoroso.


Na literatura, é preciso distinguir a ficção poética das que possuem sentido didático, como o Kama Sutra. O Cântico dos Cânticos (ou Cantares de Salomão), quarto livro da terceira seção da Bíblia hebraica e um dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã, possui em sua composição uma profunda dimensão erótica.


A poesia erótica encontrou no mundo romano uma nova dimensão ao incorporar elementos da linguagem coloquial que facilitaram a expressão da sensualidade. Durante a Idade Média, o gênero evoluiu para uma liberdade maior na poesia dos goliardos, ao mesmo tempo em que surgiu quase contemporaneamente a poesia do amor cortês, em que a inspiração erótica acontecia de uma forma altamente sublimada e codificada, sendo reflexo da sociedade feudal e cavalheiresca na qual se desenvolveu. No Renascentismo e no barroco, a poesia erótica atingiu o seu último momento de esplendor, pois nos séculos seguintes perdeu a sua especificidade como gênero distinto da poesia amorosa. Nos séculos XIX e XX o gênero foi cultivado por um extraordinário número de escritores, como Oscar Wilde e Alfred de Musset, mostrando vitalidade diferente das de outras narrativas.


E por que “Lascívia”? A palavra é sinônimo de luxúria, uma emoção de intenso desejo pelo corpo. Segundo a doutrina católica, é um dos sete pecados capitais e consiste no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes; sexualidade extrema e sensualidade.


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O bushi - em andamento


"Sem me importar com as pessoas em volta e os rituais envolvidos na cerimônia, cheguei no corpo ajoelhado, os seus olhos estavam fixos no chão. Vestida com o quimono branco, os cabelos compridos dourados cobriam seu rosto, grudados nas lágrimas. Percebi os espasmos, a mancha vermelha espalhando-se no traje e a pequena faca dentro do seu abdômen. Sabia que precisava fazer algo, ela havia me preparado para isso. Quanto entendimento dentro de um corpo tão jovem e pronto para morrer. Peguei a sua espada, fechei os olhos. Um profundo silêncio gritava em volta. Nunca desejei tanto a ignorância.


                                                    Trecho de O Bushi


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